RN tem déficit de 2,4 mil bombeiros

O som da sirene ecoa por todo o Quartel. O alerta sonoro indica que um edifício de quatro andares está pegando fogo em um determinado bairro da cidade. Não demora muito e quatro viaturas saem em disparada para o local do acidente. Em menos de 20 minutos, 17 soldados conseguem apagar o fogo e resgatar cinco vítimas que estavam dentro do prédio. Ninguém saiu com ferimentos graves e todos comemoram a ação rápida e eficiente.
A história que você acabou de ler não aconteceu de fato. A cena foi uma simulação apresentada há duas semanas dentro do Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN). Quem assiste o treinamento, tem a impressão de que nossos policiais bombeiros dispõem de quantidade suficiente de equipamentos e o efetivo atende às necessidades da população. Mas a realidade não é essa. O Estado tem hoje um déficit de 2.463 bombeiros e, de acordo com os próprios policiais, o número de viaturas de resgate e de postos fixos é insuficiente.
Atualmente, são 654 homens e quatro mulheres para atender uma população de 3.121.451 habitantes, segundo dados do último censo do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a proporção de um bombeiro para cada mil pessoas. Ou seja, o RN tem uma deficiência de 78,92%. Apesar dos números, o comandante do corporação, coronel Elizeu Lisboa Dantas, é otimista. Ele acredita que nos próximos dois anos o cenário será outro. “O Estado passa por um momento de transição e percebo que há uma vontade política de mudar a realidade. Acredito que nos próximos anos vamos receber mais dois mil bombeiros”, comenta.

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