Presidentes da Câmara dos Deputados e do BNB acertam visita ao Rio Grande do Norte

O presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves, recebeu a visita do presidente do Banco do Nordeste do
Brasil, Ary Joel Lazarin, que lhe fez uma exposição das ações do banco diante
do agravamento da seca no Nordeste. Lazarin comprometeu-se em ir ao Rio Grande
do Norte no dia 21 de junho a fim de ter um encontro com produtores rurais e
clientes do BNB que se queixam das execuções judiciais aplicadas em plena seca.
“Vivemos um drama social gravíssimo. Nossa economia rural está desequilibrada e
precisamos do apoio do banco para amenizar essa clima de tensão e
desespero”,  ponderou o deputado.
A aprovação da Medida
Provisória que permite novos empréstimos para quem renegociou as dívidas rurais
do período da seca, criou a linha de crédito especial “FNE/Estiagem”,
com o objetivo de manter a atividade agrícola e produtiva no meio rural.
Segundo o presidente do Banco do Nordeste, no Rio Grande do Norte já foram
aplicados R$ 202 milhões. O presidente da Câmara questionou o presidente do
banco sobre um detalhe: “Dos 27 mil empréstimos, somente dois mil foram
contraídos pelos pequenos e médios produtores. Os demais foram do Pronaf”,
argumentou Henrique Eduardo Aves. O presidente do BNB justificou que para os
beneficiados  pelo Pronaf não há risco
para o banco. “Dos demais produtores são exigidas garantias que não são
asseguradas pelo Tesouro Nacional”, explicou Ary Joel Lazarin.

As dívidas de 2012 e as parcelas que ainda vão
se vencer em 2013 e 2014, para quem já renegociou com o BNB, serão pagas em 10
anos, com até três de carência e juros de 1% ao ano. Os pronafianos só começam
a pagar as parcelas em 2016 e os demais produtores em 2015. Já as dívidas
anteriores a 2006, até R$ 35 mil, terão 85% de desconto, ou seja, quem deve R$
10 mil ao banco, por exemplo, pagará R$ 1,5 mil. Mais uma vez Henrique Alves
argumentou que os produtores fora do Pronaf normalmente devem além do teto de
R$ 35 mil. “A classe média rural do meu Estado e os pequenos produtores estão
quebrados”, alertou o deputado.

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