Governo teme que inquietação das ruas afete economia

Depois do tombo em sua
popularidade, a prioridade da presidente Dilma tem de ser “baixar a
temperatura” das ruas para restaurar a sensação de ordem no país e evitar
que a economia, que já sente impacto das manifestações, sofra maiores danos e
jogue o crescimento para menos de 2% neste ano.
A avaliação reservada é de
assessores presidenciais ouvidos ontem pela Folha. Para eles, a pesquisa
Datafolha indica um “sentimento de falta de liderança e de pulso”
associada a um momento ruim na economia.
Um auxiliar disse que o
governo da presidente Dilma está no seu pior momento, mas tem tempo para se
recuperar. Para isso, diz, terá de reaver a credibilidade da política econômica
para criar um clima de segurança aos investidores e consumidores.
A operação, reconhece o
Palácio do Planalto, tem de ser colocada em prática, mas requer cuidados. O
governo não pode nem pretende atropelar os movimentos de rua, mas precisa pôr
um fim nas ações de baderneiros e vândalos no país.
Nessa área, a avaliação é
que o governo ainda não deu um sinal “forte de autoridade” e precisa
fazer isso nos próximos dias. Segundo um assessor, a presidente precisa
oferecer ajuda aos governadores. Em última instância, acionar até o Exército.

O Palácio do Planalto conta
com uma perda de intensidade dos protestos nos próximos dias depois do término
da Copa das Confederações e após a presidente ter saído do isolamento e da
defensiva, reunindo-se com governantes, ativistas e movimentos sociais.

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