Ex-presidente Lula da Silva inicia tratamento contra o câncer

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva suspendeu sua agenda de compromissos pelos próximos três meses por conta do câncer que ataca sua laringe. A expectativa é que a cura da doença ocorra após um tratamento de quatro meses, segundo Luiz Paulo Kowalski, um dos médicos da equipe do hospital Sírio-Libanês que cuida do ex-presidente. Segundo ele, as chances de sucesso são de 80% a 90%. Por conta dos efeitos colaterais da medicação, Lula perderá o cabelo e também sua característica barba, que cultiva desde jovem. Além disso, pode perder peso e sentir enjoos, além de ter problemas gástricos.
O médico disse que o câncer do ex-presidente tem como causas o tabagismo (ele só parou de fumar há dois anos) e a herança genética. A doença levou à morte dois de seus irmãos. Outro irmão de Lula teve um câncer perto das amígdalas, mas se curou. Kowalski, especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, contou que o ex-presidente sofreu um abalo ao receber o diagnóstico, mas depois mostrou “coragem”. “Foi o cigarro, não foi doutor?”, indagou Lula, de acordo com o médico. Ante a resposta positiva, o ex-presidente disse: “Então vamos fazer o que tem que ser feito”, relatou Kowalski. No momento de deixar o hospital, no sábado, Lula chegou a brincar: “Posso comer uma picanha amanhã?”. Segundo o médico, o ex-presidente contou que na semana passada dissera à presidente Dilma, em tom de gozação, que estava rouco e que tinha um câncer.

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