Anvisa pede cautela em uso de remédio contra osteoporose

O médico deve avaliar, caso
a caso, se vale a pena prolongar para além de três anos o uso dos bisfosfonatos
no combate à osteoporose.
É o que alerta um boletim
elaborado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com base em
estudos clínicos e de casos internacionais que avaliaram o uso desses
medicamentos por mulheres na pós-menopausa.
Por conta da redução na
produção de estrogênio após a menopausa, estima-se que a osteoporose atinja um
pouco menos de 20% das mulheres com 50 anos ou mais. Entre os homens, as taxas
estimadas não passam de 6%, descreve o boletim.
O trabalho não questiona o
benefício dos bisfosfonatos -remédios mais usados contra a doença- de forma geral,
mas alerta que não há garantias de efetividade da droga após uso prolongado.
“Não há evidência clara
de benefício pelo uso além de três anos e há relatos de eventos adversos
desagradáveis, apesar de pouco frequentes”, diz Márcia Fernandes, técnica da
agência que trabalhou na produção da análise.
Um desses eventos adversos é
a fratura atípica (por exemplo, no meio do fêmur). Já as fraturas nas vértebras
e no fêmur na altura da virilha são tidas como típicas em pacientes com
osteoporose.
As conclusões da Anvisa vão
na mesma linha do relatório divulgado, em setembro de 2011, pela FDA (agência
americana que regula remédios e alimentos). À época, a agência afirmou que os
bisfosfonatos só tinham benefícios comprovados na prevenção de fraturas até
três anos. E informou que, após o quinto ano, não havia mais melhoria na
densidade óssea.

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