No RN apenas 15 prefeitos são candidatos a reeleição

No Rio Grande do Norte apenas 15 prefeitos serão candidatos a reeleição, o que representa apenas 3,64% dos prefeitos potiguares. Já o número de vice-prefeito candidato a reeleição é um pouco maior chega a 17.
Quando a análise é da possibilidade de reeleição nas Câmaras Municipais, a estatística aponta que 387 vereadores tentarão se manter no mandato, o que representa 5% do total de legisladores municipais.
O pleito de 2012 no Rio Grande do Norte conta no total com 412 candidatos a prefeito e 5.046 candidatos a vereador.
Conheça os prefeitos candidatos a reeleição:
Apodi – Maria Goreti da Silveira Pinto – PMDB
Bento Fernandes – Ivanildo Fernandes de Oliveira – PP
Bom Jesus – Edmundo Aires de Melo Júnior – PMDB
Canguaretama – Wellinson Carlos Dantas Ribeiro – PR
Encanto – Alberone Neri de Oliveira Lima – DEM
Jardim do Seridó – Jocimar Dantas de Araújo – PMDB
Lucrécia – Antonio Walter de Araújo – PSB
Macaíba – Marília pereira dias – PMDB
Montanhas – Maria Eliete Coutinho bispo – PMDB
Parelhas – Francisco Assis de Medeiros – PT
Patu – Evilásia Gildênia de Oliveira – PSB
Poço- branco José Mauricio de Menezes filho- PSD
São bento do norte – Luiz Lucas Alves Junior – PR
São José do seridó – Jackson Dantas – PMDB

Vila flor – Grinaldo Joaquim de Souza -PSD

Sindicato reclama de suspensão de incentivo

Esta semana, o governo do Rio Grande do Norte suspendeu um incentivo financeiro à compra de carne bovina de outros estados – como forma de facilitar o comércio do rebanho local e minimizar os efeitos negativos da seca para o criador de gado bovino potiguar. Mas a suspensão do incentivo desconsiderou diversos pontos, de acordo com o Sindal, Sindicato que agrega diversos setores alimentícios.
Em nota, o Sindal apontou fatores que diz terem sido ignorados pelo governo. Entre eles, a inexistência de estrutura física certificada instalada e suficiente para abate no estado. Além disso, cita que, na Grande Natal, há apenas um frigorífico  com capacidade de 400 cabeças por semana. O rebanho também não oferece, devido a estiagem,  a qualidade e regularidade suficientes à demanda, de acordo com a entidade.
A mudança proposta pelo governo para minimizar os prejuízos da seca e priorizar a compra da carne bovina produzida no estado – isenta de ICMS, consta no decreto número 22.691. O decreto altera os efeitos do programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (Proadi), para as empresas importadoras do produto de outros estados, que terão que pagar o ICMS antecipado.
Para o Sindicato, o decreto onera apenas as empresas que têm Proadi, ou seja, aquelas que processam a matéria-prima no RN e geram empregos locais. Estas precisarão vender mais caro o produto ao consumidor final, visto que tiveram seu custo elevado. Apenas os grandes frigoríficos se tornarão mais competitivos.
O Sindal defendeu ainda a criação de um comitê com representantes de toda a cadeia produtiva (criadores, abatedouro, beneficiadores, distribuidores, varejistas e governo) para discutir as soluções dentro de um planejamento de curto, médio e longo prazo.

Preso custa 15 vezes mais que aluno ao cofres do RN

O contribuinte potiguar paga, por mês, R$ 3,5 mil para manter atrás das grades cada preso do sistema carcerário do Rio Grande do Norte. O valor é alto quando comparado com o que é gasto para manter, por igual período, um aluno dentro da sala de aula. Mensalmente, a Secretaria Estadual de Educação e da Cultura (Seec) gasta quinze vezes menos do que custa um detento. São apenas R$ 233,88 por aluno. A disparidade entre os valores gera revolta especialmente entre os educadores, que questionam a importância dada à pasta.
A Seec não faz um acompanhamento mais aprofundado sobre quais os custos gerados por cada um dos 310 mil alunos. As informações estão disponíveis no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope) e não descrevem, por exemplo, o custo per capita da merenda escolar. “Colocamos no sistema apenas o total das nossas receitas e despesas. O cálculo é gerado automaticamente, mas não sei como é feito”, disse uma funcionária da secretaria que preferiu não revelar a identidade. Por outro lado, a Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape), subordinada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Sejuc), conhece quais as despesas que fazem o custo com cada um dos 5.765 detentos ser tão elevado.
O coordenador da Coape, José Olímpio da Silva, cita quais são os principais gastos. “A alimentação é o que custa mais caro. Fornecemos a alimentação completa todos os dias. Além disso, somos responsáveis por tudo que se possa imaginar com relação aos presos. Desde um remédio para dor de cabeça até os cuidados antes e após uma cirurgia”, diz.

PCC fornece 95% das drogas consumidas no RN

O Primeiro Comando da Capital (PCC) é responsável pelo envio de pelo menos 95% das drogas ilícitas consumidas no Rio Grande do Norte. A estimativa é do delegado Odilon Teodósio dos Santos, que ontem deixou a Delegacia de Narcóticos de Natal (Denarc) e se transferiu para Divisão de Polícia do Oeste (Divipoe), com sede em Mossoró.
De acordo com o delegado, a facção criminosa nascida nos presídios de São Paulo mantém contatos com cerca de 15 a 20 traficantes internos das penitenciárias estaduais de Alcaçuz, em Nísia Floresta, e de Parnamirim (PEP). “Esses traficantes são pessoas de confiança do PCC. É claro que a droga não é entregue a eles, até porque estão presos. Mas são enviadas a prepostos, que ficam encarregados de fracionar o material, distribuí-lo e arrecadar o dinheiro apurado, que é depositado em contas bancárias de ‘laranjas’ do PCC”, explicou Odilon Teodósio.

Feirinha de Sant´Ana deve reunir 10 mil pessoas

A “Feirinha de Sant’ Ana”, evento tradicional que ocorre dentro dos festejos da padroeira da Diocese de Caicó, ocorre hoje com a presença de milhares de pessoas que se reúnem principalmente no largo da Catedral em uma grande confraternização para prestigiar as comidas típicas da região que são comercializadas durante o evento. A abertura oficial está prevista para as 9h com a benção do pároco, monsenhor Edson Medeiros.
De acordo com Péricles Carreiro, um dos coordenadores da Feira, a paróquia de Sant’ Ana monta 15 barracas, onde são comercializados produtos típicos, como carne de sol, arroz de leite, feijão verde, paçoca, carneiro, buchada, xerém, sarapatel, queijo, doces, bolos e filhóis com mel. Cada barraca tem um responsável que trabalha voluntariamente para ajudar a paróquia, sendo os casais da Equipes de Nossa Senhora, Apostolado da Oração, Catequese e Acolhimento, ECC – Encontro de Casais com Cristo, além dos clubes de serviço como o Rotary e Lions, entre outros. A expectativa dos organizadores é que o evento reúna um público estimado em 10 mil pessoas.
“Nós destacamos que esse público, ele é flutuando, ou seja, são pessoas que vão e vem o dia todo. Alguns param, bebem, comem, depois saem, passeiam, e assim sucessivamente”, disse Péricles Carreiro.

MP pede anulação de promoções de Políciais Militares

O Ministério Público Estadual ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) pedindo a condenação por improbidade administrativa do ex-comandante-geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Marcondes Rodrigues Pinheiro. A ACP foi assinada por quatro promotores de Justiça no dia 1º de julho deste ano. O documento relata a denúncia de supostas irregularidades em processos de promoções de oficiais nos anos de 2005, 2006 e 2008. Em decorrência dessas supostas irregularidades, o Ministério Público quer, em outra Ação Civil Pública, anular as promoções de cinco coronéis, dos quais quatro compõem a atual cúpula administrativa da Polícia Militar.
Dentre os coronéis alvos da Ação está Francisco Canindé de Araújo Silva, atual comandante-geral da Corporação. Além dele, outros oficiais ligados diretamente à  administração da PM foram denunciados: os  coronéis Francisco Canindé de Freitas, atual comandante da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE);  Francisco Belarmino Dantas Júnior, subcomandante e chefe do Estado Maior da PM; Francisco Reinaldo de Lima, comandante do policiamento interiorano; e André Luiz Vieira de Azevedo, que está hoje na Espanha em curso de aperfeiçoamento. Todos esses têm as ascensões ao posto máximo da Corporação contestadas.
A ACP se baseia em elementos colhidos em dois inquéritos civis para pedir a condenação do coronel Marcondes por improbidade administrativa e a anulação da promoções dos oficiais citados:  o inquérito de número 094/06 e o de número 046/09. Nesses, são descritas as supostas irregularidades nas promoções dos oficiais que teriam ocorrido na gestão do coronel Marcondes, que assumiu o cargo em março de 2005 e o deixou em abril de 2010.

Deputados estaduais gastam R$ 577 mil em um mês

Mais de meio milhão de reais, especificamente R$ 577.169,39, foi o montante gasto na chamada verba indenizatória pelos 24 deputados estaduais do Rio Grande do Norte em maio deste ano, de acordo com o último levantamento disponível no Portal da Transparência da Assembleia Legislativa (AL). O somatório diz respeito ao ressarcimento a que tem direito cada parlamentar no que concerne às despesas com a divulgação dos mandatos, locomoção, hospedagem, alimentação, consultorias, entre outras coisas. Em média, o custo foi de R$ 24,04 mil por parlamentar.
Os gastos relativos ao mês de junho ainda não estão disponíveis para consulta. As potenciais despesas realizadas pelos deputados potiguares em maio deste ano estão nos campos da consultoria, alimentação, aquisição de combustíveis e locação de veículos. Figura no topo da lista o deputado Vivaldo Costa, do PR, que apresentou uma fatura de R$ 28.924,02. A declaração de gastos de doze dos parlamentares supera inclusive o valor máximo da verba indenizatória, que é de R$ 24.057,90. São eles: Antônio Jácome (PMN), Ezequiel Ferreira (PTB), Gustavo Carvalho (PSB), Gustavo Fernandes (PMDB), Márcia Maia (PSB), Nélter Queiroz (PMDB), Poti Júnior (PMDB), Tomba Farias (PSB), além de Vivaldo Costa e do presidente da AL, Ricardo Motta (PMN).
Um adendo a ser fazer diz respeito à maneira como cada parlamentar optou por detalhar a lista de gastos que são ressarcidos pelo legislativo.  Fernando Mineiro (PT), por exemplo, preferiu pormenorizar um a um os pedidos de ressarcimento, tanto que chegou a declarar três faturas de R$ 4 do estacionamento do Aeroporto Internacional Augusto Severo e outras duas, de R$ 3, de outro estacionamento. A maioria dos deputados preferiu declarar de maneira genérica os gastos com a verba de gabinete.

Governo anuncia corte nos pontos de servidores em greve

O Governo do Estado decidiu cortar o ponto dos servidores que estão em greve. A medida foi confirmada na manhã desta quarta-feira pelo secretário Chefe da Casa Civil, Paulo de Tarso. Segundo ele, cada secretaria que tem servidores em greve terá que verificar o ponto antes de remetê-los à Secretaria de Administração e Recursos Humanos (Searh).

“Essa é uma decisão meramente administrativa. Vamos apenas cumprir o que determina a Lei. Com isso, os dias não trabalhados serão descontados dos grevistas já no próximo contra-cheque”, disse Paulo de Tarso.

De acordo com Paulo de Tarso, atualmente estão em greve os agentes e escrivães da Polícia Civil, os professores, os servidores da Fundação José Augusto, parte dos funcionários do Detran e ainda os servidores da Emater em Natal.

Réu da Operação Hígia é assassinado em Natal

Eram aproximadamente 17h15min da tarde de ontem. Um homem adentra o escritório do grupo Advogados e Associados na Avenida Miguel Castro, 836. O “cliente” procura pelo advogado Anderson Miguel da Silva, para tratar de uma causa de pensão alimentícia. A recepcionista informa a chegada por telefone. A entrada é autorizada pelo advogado. Minutos depois, quatro disparos. O pseudo-cliente sai apressadamente do escritório e foge num Siena branco com auxílio de um comparsa. Um dos réus e o delator da Operação Hígia, Anderson Miguel da Silva, estava morto.
Executado com quatro tiros de pistola ponto 40 que lhe atingiram o peito e a cabeça. As funcionárias que trabalhavam no escritório de advocacia composto por nove salas avisaram à Polícia Militar e solicitaram o socorro do Samu minutos depois do ocorrido. Não houve tempo para resgate. Quando os técnicos de enfermagem chegaram ao local, Anderson estava morto. “Quando a equipe de resgate chegou ao local, ele já estava morto”, disse o major Rodrigo Trigueiro, chefe da Rocam. A vítima foi encontrada sentada na cadeira na qual trabalhava com a cabeça pendendo para o lado direito e o lado esquerdo do peito ensanguentado.
De acordo com relatos de vizinhos do prédio, a movimentação era comum no final da tarde de ontem. Uma senhora que trabalha num escritório ao lado do qual advogava Anderson disse que ouviu as atendentes gritando, mas imaginou que fosse um assalto. Após isso, a movimentação de carros da Polícia Militar ficou intensa. O acesso ao local era controlado por policiais e somente familiares e funcionários tinham acesso ao prédio. A sala na qual a vítima foi morta ficava no final de um corredor. De acordo com o major Rodrigo Trigueiro, comandante da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), um dos suspeitos é alto, magro, usava uma camisa preta e não tem alguns dentes. Foi com esse perfil que uma guarnição da Rocam deteve um homem identificado apenas com Wescley, logo o conduzido para a sede da Polícia Federal.
Operação Hígia
A Operação Hígia foi uma investigação da Polícia Federal que, no dia 13 de junho de 2008, cumpriu 12 mandados de prisão e 42 ordens de busca e apreensão em Natal e em João Pessoa, devido a possíveis fraudes em licitações da Secretaria Estadual de Saúde e recebimento de propina por parte de pessoas influentes no Governo do Estado, durante a gestão de Wilma de Faria. Entre os presos estava o filho da então governadora, Lauro Maia, e a mulher do ex-secretário de Segurança Carlos Castim, Eleonora Castim.  As investigações davam conta de possíveis irregularidades no contrato da Secretaria Estadual de Saúde com a empresa A&G, que prestava serviços gerais à Sesap. De acordo com as investigações e os depoimentos colhidos, ocorria o que se chama de “tráfico de influência” por parte de membros do primeiro escalão do Governo do Estado e familiares da então governadora. Eles supostamente trocavam cargos por apoios políticos e cobravam propina para membros de empresas terceirizadas para que o pagamento dos contratos fosse efetuado.

Alta do algodão fecha fábricas no Seridó

A alta de quase 200% no preço do algodão em pluma nos últimos oito meses provocou o fechamento de 80 tecelagens (de um total de 200) e a demissão de mais de 2 mil pessoas em Jardim de Piranhas, município a 287 km de Natal. A alta também afetou outros municípios potiguares. Segundo Joilson Borges, presidente da Associação de Tecelagens do Seridó, “isso não ocorria há 140 anos”, quando faltou algodão e os preços dispararam. A atividade têxtil é a base da economia de Jardim de Piranhas. Antes da crise, o setor empregava até 4,5 mil pessoas.
O município, segundo Joilson, não foi capaz de absorver os funcionários demitidos, que estão ociosos, aguardando a reabertura das fábricas. “A cidade gira em torno da tecelagem. Não conheço nenhuma atividade que  possa se igualar em números de empregos gerados”, afirma. O presidente da Associação espera que algumas fábricas reabram e voltem a readmitir já no segundo semestre com a provável queda nos preços, em decorrência da nova safra. “A alta do algodão desencadeou uma série de problemas em Jardim de Piranhas. A indústria perdeu seu poder aquisitivo, se descapitalizou e demitiu vários funcionários”, resume.
De acordo com José Rangel de Araújo, gestor do Arranjo Produtivo Local da Tecelagem do Seridó e consultor do Sebrae/RN, está faltando algodão no mercado mundial, o que elevou os preços e culminou com o fechamento de fábricas e a redução de postos de trabalho. “O fio, que antes custava R$4,30, agora está custando, em média, R$8,50 – quase o dobro. Este aumento não pôde ser repassado para o consumidor final. O preço do fio dobrou, mas o preço do pano de prato, por exemplo, não pôde subir nem 30%”, exemplifica. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a alta dos preços foi provocada pela forte redução dos estoques mundiais. O problema é nacional e afeta principalmente fábricas de baixo capital e pouca capacidade de investimento.
Embora afete a indústria têxtil como um todo, a alta atinge em cheio as pequenas tecelagens. “Como o preço não pode ser repassado para o consumidor final, criou-se uma ciranda. A maior parte das fábricas ou estão produzindo menos ou fecharam as portas, porque não estavam ganhando dinheiro. As grandes fábricas ainda conseguem importar. As pequenas não”, afirma.
Segundo Rangel, o problema não se restringe ao Rio Grande do Norte. Em todo o mundo, falta algodão. “E se os governos não tomarem uma medida mais energética vai continuar faltando”. Na avaliação dele, aumentar a área plantada, como os dados divulgados pela Conab vem apontando, não basta. “O governo deve segurar este commodity (o algodão é um commodity negociada em bolsas de mercadorias do mundo, como a soja, por exemplo) para evitar que outros comprem nossa pluma e a gente fique sem”. Mesmo que o governo federal, que tem o poder de tirar ou incluir commodities na bolsa de mercadorias, reverta o quadro nos próximos meses, o setor levaria um tempo para reaquecer, admite Rangel.
Quem trabalha na indústria têxtil e tem como matéria-prima o tecido e não o fio também sentiu os efeitos da alta do algodão. O tecido já chega 30% mais caro nas indústrias, segundo José Rangel. “Quem trabalha com fio sentiu maior impacto do que quem trabalha com o tecido. No entanto, o preço do fio acabou repercutindo na cadeia como um todo”, afirma.