Sindicato reclama de suspensão de incentivo

Esta semana, o governo do Rio Grande do Norte suspendeu um incentivo financeiro à compra de carne bovina de outros estados – como forma de facilitar o comércio do rebanho local e minimizar os efeitos negativos da seca para o criador de gado bovino potiguar. Mas a suspensão do incentivo desconsiderou diversos pontos, de acordo com o Sindal, Sindicato que agrega diversos setores alimentícios.
Em nota, o Sindal apontou fatores que diz terem sido ignorados pelo governo. Entre eles, a inexistência de estrutura física certificada instalada e suficiente para abate no estado. Além disso, cita que, na Grande Natal, há apenas um frigorífico  com capacidade de 400 cabeças por semana. O rebanho também não oferece, devido a estiagem,  a qualidade e regularidade suficientes à demanda, de acordo com a entidade.
A mudança proposta pelo governo para minimizar os prejuízos da seca e priorizar a compra da carne bovina produzida no estado – isenta de ICMS, consta no decreto número 22.691. O decreto altera os efeitos do programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Norte (Proadi), para as empresas importadoras do produto de outros estados, que terão que pagar o ICMS antecipado.
Para o Sindicato, o decreto onera apenas as empresas que têm Proadi, ou seja, aquelas que processam a matéria-prima no RN e geram empregos locais. Estas precisarão vender mais caro o produto ao consumidor final, visto que tiveram seu custo elevado. Apenas os grandes frigoríficos se tornarão mais competitivos.
O Sindal defendeu ainda a criação de um comitê com representantes de toda a cadeia produtiva (criadores, abatedouro, beneficiadores, distribuidores, varejistas e governo) para discutir as soluções dentro de um planejamento de curto, médio e longo prazo.

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