Secretário de planejamento presta conta de execução orçamentária na ALRN

Em cumprimento à legislação, o
secretário de Estado do Planejamento e Finanças prestou contas aos deputados da
Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF) da Assembleia Legislativa, relativa
ao 2º e 3º quadrimestres de 2016 e ao 1º quadrimestre de 2017. Os dados sobre o
cumprimento das metas fiscais estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) dos referidos períodos foram apresentados pelo secretário Gustavo
Nogueira, em audiência pública no auditório da Casa.
O titular da Seplan foi enfático
ao detalhar o “exponencial” déficit da previdência, que na sua avaliação é um
dos grandes fatores de desequilíbrio das contas públicas, pois as receitas de
contribuição dos servidores e patronais tem sido insuficientes. Enquanto de
janeiro a agosto de 2016 o valor era em torno de R$ 740 milhões, de janeiro a
abril deste ano o déficit está em mais de R$ 1 bilhão (1.010.128.805,34).
Gustavo Nogueira elencou os
esforços do Governo para equilibrar receita e despesa e destacou a necessidade
de um esforço político para a liberação dos empréstimos solicitados, que na sua
avaliação são uma das únicas formas do Estado retomar os investimentos
necessários ao desenvolvimento da economia. “Precisamos conter despesas e fazer
investimentos para destravar a economia do Rio Grande do Norte. O Estado não
pode ter expansão de gastos, a não ser que haja um rápido equilíbrio”, alertou.
De acordo com suas informações, o
RN é um dos Estados menos endividados do País e por essa razão não foi contemplado
pelo Governo Federal com o perdão de dívidas. “Temos dados de que Estados mais
endividados, como a Bahia, por exemplo, tem um alto investimento”, disse.
Ao fazer o detalhamento da Receita Ordinária
Líquida do Tesouro (ROLT) relativo às fontes 100 – e da 121 a 124 – demonstrou
que a receita arrecadada no 1º semestre de 2017 teve uma queda de -3,6% quando
comparada a 2014; queda de -2,3% comparada a 2015 mas cresceu 5,3% se comparada
a 2016, um dos anos mais críticos. Considerando os valores atualizados, o ICMS
alcançou em 2017 a maior arrecadação para o período, mas os valores oriundos
das receitas de transferências, apesar de melhores que em 2016, continuam
abaixo do valor arrecadado no período em 2014 e 2015.

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