O Rio Grande do Norte espera que a União Europeia retire, até o fim deste ano, o embargo ao pescado brasileiro — medida que travou as exportações do setor, afetando principalmente empresas potiguares que operam com produtos de alto valor agregado, como o atum.
O secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca, Guilherme Saldanha, afirma que o banimento decorre de um episódio ocorrido em 2018 e não tem relação com o RN. Ele diz ainda que o embargo deveria ser temporário, mas seus efeitos se arrastam até hoje.
“Isso vem se arrastando desde 2018, após um problema num barco de pesca lá em Santa Catarina. Não tem nada a ver com a gente. Mas até o próprio camarão do Nordeste foi impactado. Eu acredito que a gente consiga reverter isso até o final do ano”, afirmou Saldanha, em entrevista nesta sexta-feira 19 na Central Agora RN, programa da TV Agora RN.
Para o secretário, destravar o acesso à UE é decisivo por duas razões: abre um mercado de alto poder de compra e reduz a dependência do setor de pesca do fluxo com os Estados Unidos, hoje afetado pelo “tarifaço” imposto por Washington. Ele disse confiar no fim do embargo europeu em função da boa relação existente entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com líderes europeus, como o presidente francês Emmanuel Macron.
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