Passou o tempo em que os atos de improbidade administrativa dos políticos não se faziam notar pela população brasileira. Com a forte atuação do Ministério Público (MP) e a cobertura da imprensa, as ações desonestas dos gestores públicos começaram a vir à tona.
Até a década passada, era incomum ver um prefeito, um vereador ou um governador preso ou denunciado como cabeça de um escândalo de corrupção. A situação mudou. De 2007 para os dias de hoje, os políticos brasileiros têm sido protagonistas das grandes denúncias. No Rio Grande do Norte os Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) têm se desdobrado. Só neste ano, o MPE e o MPF realizaram quatro operações envolvendo políticos no RN: Via Ápia, Hefesto, Pecado Capital e Sinal Fechado. No rol de políticos investigados por corrupção, somam-se os denunciados pela Operação Impacto, realizada em 2007, e a Operação Hígia, deflagrada em 2009.
A Operação Impacto, que indiciou 21 réus, foi a primeira que expôs jogo sujo nos bastidores da política. O MP acusa vereadores de Natal de receberem propina para votar a favor dos interesses dos empresários contra veto do então prefeito Carlos Eduardo (PDT) no projeto do Plano Diretor de Natal.

