Os policiais da Polícia Rodoviária Federal estão ameaçando paralisar as suas atividades no dia 4 de março deste ano (Véspera de Carnaval) se o comandante geral da PRF, Hélio Cardoso Derenne, que está há oito anos no cargo, não for retirado.
De acordo com os policiais, hoje a PRF sofre com o sucateamento dos recursos, a falta de investimento e treinamento dos policiais, o desperdício de recursos, as péssimas condições de trabalho, o que vem desmotivando os servidores em relação à gestão, que conta com 91% de desaprovação de todo efetivo.
Além destes motivos, os sindicalistas apresentaram um relatório sobre a gestão de Hélio Cardoso Derenne, que contabilizou o número de acidentes de 1.000.729, com 52.183 mortes e 579.153 feridos, onde o número de mortas em acidentes de trânsito subiu de 7.029 em 2009 para 8.285 em 2010, um aumento de aproximadamente 18% somente em apenas um ano.
Os sindicatos que ameaçaram parar são os dos estados do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Alagoas, Goiás, Santa Catarina, Paraíba, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo e Rondônia.
O diretor presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado do Rio Grande do Norte (Sinprfrn), o inspetor José Francisco Neto, informou que hoje a situação da PRF é complicada, pois “em oito anos acompanhamos o número de acidentes aumentarem e não temos nenhuma mudança significativa, falta investimento em carros e em treinamento, assim não existem condições de trabalho”, explica o diretor.