A equipe de campanha PT avalia que Lula foi pior no debate capitaneado pela Band do que na entrevista ao Jornal Nacional. A principal falha, na avaliação dos interlocutores, é que o ex-presidente não conseguiu ser tão enfático sobre o combate à corrupção como foi na oportunidade anterior.
Seu ponto alto, na avaliação de interlocutores, foi nas considerações finais – quando falou do fim dos sigilos impostos pelo presidente, dos filhos de Bolsonaro e lembrou da imparcialidade de Moro e do cargo ocupado pelo ex-juiz no governo Bolsonaro.
Lula não citou diretamente Moro, mas evocou a memória e a estratégia do PT de dizer que o juiz o prendeu para tirá-lo da eleição em 2018 – o que deixou o caminho livre para Bolsonaro se eleger. Do lado bolsonarista, o objetivo era justamente colar em Lula a pecha de corrupto, e os assessores do presidente da República avaliam que ele – como esperado – fugiu do script e acabou perdendo a linha, atacando mulheres e, nisso, dando a Lula o melhor momento para o petista.