Ano a ano, o número de crianças nascidas com a síndrome congênita associada ao Zika Vírus, que tem como característica marcante – porém não obrigatória – a microcefalia, vem decaindo. Em 2015, quando houve o surto causado pela entrada do vírus ao país, 337 crianças nasceram com a doença no Rio Grande do Norte.
Depois disso, os números foram caindo, até chegar a 14 nascimentos, em 2018. Para as crianças que nasceram com a doença e suas famílias, no entanto, ano após ano, novos desafios são colocados na convivência com a doença: a inserção das crianças na vida escolar, a continuidade da assistência e deslocamento fornecidos pelo município e o medo de que, uma vez que caia no esquecimento, a doença seja deixada de lado pelas autoridades.
Descoberto na década de 1950, o vírus Zika chegou ao Brasil em 2015, por meio de indivíduos infectados em outros países. Entre novembro de 2015 e dezembro de 2016, 2.366 casos de alterações relacionadas ao Zika foram registradas no país. A maior parte (76,2%), na região Nordeste.