No discurso de posse, realizado em Brasília, o novo ministro do Turismo, Pedro Novais, voltou a se defender do episódio em que pediu o ressarcimento à Câmara dos Deputados de despesa com festa realizada em um motel em São Luís, Maranhão.
Na época, Novais, então deputado, disse que houve erro por parte dos assessores que enviaram a conta (R$ 2.156,00) da “festinha” para a Câmara. Após a divulgação do escândalo pelo jornal Estado de São Paulo, Novais devolveu o dinheiro à Câmara.
No discurso de posse de hoje, ele disse que foi alvo de uma campanha de calúnia.
“A convocação de Dilma registrou uma das maiores honras de minha vida que se misturou a uma indignação. Fui alvo de uma campanha de calunia e ignomínia. Os ataques não me atingiram. Sustentaram-me o apoio da minha mulher, filhos, amigos e governo”, ressaltou.
“Acima de tudo sustentou-me a certeza de não ter cometido nenhum ato que possa me envergonhar”, acrescentou.
Segundo Novais, entre as medidas que vai adotar nos próximos 120 dias, está a realização de um esforço concentrado para identificar e eliminar áreas por onde se despediça dinheiro público com o financiamento de festas e folguedos.
Além disso, ele traçou as seguintes metas: Flexibilizar a emissão de vistos para estrangeiros, garantindo a reciprocidade; buscar apoio do Congresso para aumentar a participação de capital estrangeiro nas empresas aereas. E ampliar a infraestrutura aeroportuária e terrestre com ênfase no número de voos e escalas.
O ministro também prometeu aumentar em três vezes o número de profissionais beneficiados por programas de qualificação na área do Turismo.
Durante o discurso, Novais disse ainda que apesar dos 80 anos de idade, e de ser o ministro mais velho da nova equipe de governo, não tem nenhum problema de saúde.
“Fui hospitalizado somente duas vezes na minha vida. Uma há dez anos para uma cirurgia de hérnia e outra na década de 50 para tirar as amídala”, garantiu.