Pouco mais de uma semana após a ordem do presidente Jair Bolsonaro de cancelar o protocolo de intenções para a compra da vacina CoronaVac, o Ministério da Saúde não revogou o termo enviado pela pasta ao Instituto Butantan, que produz o imunizante em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Fontes ligadas ao governo paulista afirmam que a avaliação é de que, se não houve cancelamento, a intenção de adquirir a vacina ainda está de pé. A interpretação é que, como não houve manifestação formal do Ministério da Saúde na direção contrária, as intenções de aquisição da vacina ainda são válidas. Nos bastidores, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já havia mencionado que insistiria na compra da vacina depois que a poeira baixasse.
Presidente do Instituto Butantan, Divas Covas confirmou que ainda não recebeu nenhuma comunicação formal do Ministério da Saúde em relação ao protocolo de intenções enviado inicialmente. Ele ponderou, no entanto, que quando a vacina ficar pronta a alternativa será interpelar novamente o órgão sobre sua aquisição:
— Eu recebi o ofício e está registrado, agora as manifestações são tantas…Quem tem que dizer se vale ou não é quem mandou o ofício. Está registrado, a hora que tiver a vacina o que podemos falar é perguntar oficialmente: a vacina está aqui, vocês fizeram uma manifestação de interesse. Vale ou não vale?