Militar, engenheiro e cientista participam da segunda noite do Congresso Seridó

A variedade de palestrantes
marcou a segunda noite do Congresso de Negócios e Empreendedorismo do Seridó,
nesta sexta-feira (22), no Clube dos Oficiais, em Caicó. O ciclo de palestras
foi aberto pelo Tenente-Coronel Sirnando, comandante do Batalhão Seridó. O
militar que já comandou a Companhia de Engenharia de Força de Paz no Haiti,
falou sobre “organização e disciplina para atingir metas”, utilizando
experiências bem sucedidas das forças armadas e adaptando para a vida
empresarial.

“Acredito que, em ambos os
casos, é preciso ter disciplina para perseguir os objetivos, de maneira
metódica, obedecendo às etapas que foram traçadas”, disse o comandante do
exército.
Ele falou ainda que, numa
missão de guerra, os militares precisam conhecer bem o inimigo e associou isso
como um comportamento que precisa ser seguido pelos empresários. “Claro que não
vou dizer que seu concorrente é seu inimigo, mas você precisa conhecê-lo bem
para que possa se preparar para os passos que ele possa dar”, afirmou.
A segunda palestra foi a do
doutor em engenharia elétrica e de computação, professor da UFRN, Ricardo
Valentim, que falou sobre “Inovação, Superação e Sustentabilidade: os desafios
da era informacional”. O professor já foi destaque na imprensa nacional por
causa de um projeto coordenado por ele, que oferece independência às pessoas
tetraplégicas.
O projeto de nome
“Autonomus” desenvolveu uma espécie de tiara com estruturas eletrônicas que
permitem seus usuários, por exemplo, mudar de canal de TV, apenas piscando os
olhos para mandar o comando para um programa de computador.
“A informática veio para
facilitar a vidas das pessoas e os empresários precisam aproveitá-la da melhor
maneira possível”, disse o palestrante que sugeriu parcerias entre as
universidades e as empresas.
A noite foi encerrada com a
palestra polêmica de um dos cientistas mais conhecidos do Brasil, no campo da
meteorologia. O professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas,
Luiz Molion, é um dos poucos defensores no planeta, da teoria de que não existe
aquecimento global a partir da emissão de gás carbônico na atmosfera.
PhD em Meteorologia e
pós-doutor em Hidrologia de Florestas, o cientista que já desenvolveu inclusive
trabalhos para a NASA, defende que a Terra, passa sim, por períodos de
aquecimento, mas que é um processo natural e que não tem elevado o nível dos
mares. Luiz Molion apresenta vários dados que justificam a sua tese.

Depois de apresentar sua
teoria o professor mostrou que o planeta ainda oferece condições de produção,
inclusive no semiárido nordestino. “O nosso semiárido é o único onde não há
baixíssimas temperaturas à noite. É o semiárido onde mais chove no mundo e
perfeito para produzir. O que falta é vontade política para oferecer as
condições necessárias”, falou o cientista.

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