Um estudo conduzido pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) aponta que a população mais pobre do Brasil tem duas vezes mais chances de ter sido infectada pela Covid-19 do que a população mais rica. Além disso, os indígenas, por causa da pobreza, também têm mais chances de serem infectados.
As conclusões foram publicadas nesta quarta-feira (23) na revista científica “The Lancet”, uma das mais importantes do mundo. Os cientistas também apontam que, com base nos dados coletados em maio e em junho, apenas um a cada dez casos da doença no país foi oficialmente notificado.
O objetivo do estudo é analisar a proporção de pessoas com anticorpos para a Covid-19 no Brasil. Para isso, em um intervalo de duas semanas, aproximadamente, os pesquisadores fizeram testes sorológicos em cerca de 30 mil pessoas em 133 cidades do país, em todos os estados.