Justiça revoga pesquisas eleitorais em dois municípios do RN

Criadas para observar o
pensamento da opinião pública, a pesquisa eleitoral deixou de ser apenas um
“norte” para as campanhas e passou a se tornar uma arma na conquista
dos votos dos indecisos. Com isso, começaram as denúncias de manipulação. No
Rio Grande do Norte, a Justiça já impugnou suas pesquisas suspeitas de
manipulação. Os casos ocorreram em Taipu e São João do Sabugi.
Em Taipu, a pesquisa do
instituto Perfil, divulgada por um jornal local, foi questionada por não ter
aplicado questionários em todas as regiões da cidade. De acordo com a denúncia,
acatada pela Justiça Eleitoral, apesar de a área urbana da cidade abrigar mais
de 60% do eleitorado de Taipu, apenas 34% dos formulários de pesquisa foram
aplicados no local.
Outra distorção foi a
aplicação de mais questionários na localidade de Serra Pelada, reduto do
prefeito Sebastião Ambrósio – apoiador da candidatura de João Melo (PSB), seu
sobrinho – do que em outras regiões com maior representatividade populacional.
O juíz Reynaldo Odilo ordenou multade R$ 50 mil para quem divulgar o resultado
da sondagem.
Em São João do Sabugi, o
Instituto Certus não colocou um dos candidatos que disputam o pleito nas opções
do questionário, que foi cadastrado no site do Tribunal Regional Eleitoral
(TRE). Misteriosamente, no dia da divulgação, o candidato apareceu com um
percentual. A Justiça suspendeu a divulgação da pesquisa e ficou de analisar a
aplicação de multa, que pode ir de R$ 50 mil a R$ 100 mil.

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