A morte do centésimo policial militar no Rio de Janeiro este ano, na manhã deste sábado (26) é um reflexo de uma estrutura hierárquica excessivamente rígida, condições de trabalho precárias e salários baixos, que obrigam o soldado a trabalhar em bicos para complementar a renda, na avaliação do presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (Aspra), Vanderlei Ribeiro: “É preciso mudar toda essa estrutura, todo esse modelo atual, para poder melhorar e evitar esse número assustador de mortes de policiais”.
Para Vanderlei a estrutura militar é incompatível com o exercício da atividade policial. “Muitos policiais estão escalados em áreas de risco, sem planejamento, e quando ocorre uma infelicidade, nenhum comandante é responsabilizado. O policial é mal escalado e não tem suporte. O policial de base fica vulnerável, porque é surpreendido pelo criminoso”, disse Vanderlei.