A tendência de envelhecimento da população potiguar é o grande destaque do Censo 2010, realizado em todo o Brasil pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísica (IBGE) visando traçar um panorama completo dos habitantes brasileiros. O Rio Grande do Norte segue a tendência populacional do país, que cresce economicamente e passa a ter sua população de crianças e adolescentes reduzida, ao mesmo tempo em que o número de idosos passa a aumentar acima da média. Entre 2000, data do penúltimo recenseamento realizado pelo IBGE, e 2010, a população de jovens potiguares até 19 anos diminuiu em mais de 103 mil pessoas.
No mesmo espaço de tempo, o número de idosos acima dos 80 anos cresceu 50%. Uma melhor qualidade de vida, segundo os estudos do IBGE, aliado ao crescimento do país, resultam em números como estes. De acordo com o Censo 2010, por exemplo, 60 idosos que vivem em solo potiguar já são centenários, ou até mesmo ultrapassaram amarca dos 100 anos. “Esses registros numéricos apenas comprovam o que já era esperado pelo IBGE. É natural o aumento do número de idosos”, aponta Aldemir Freire, coordenador regional do instituto. Ele ainda ressalta que a naturalidade do “envelhecimento” da população se dá, além do crescimento econômico, pelo menor número de filhos por casal.
Os municípios do interior potiguar concentram atualmente quase três vezes mais população do que a capital. A Região Metropolitana, que conta com Natal – que ultrapassou a casa dos 800 mil habitantes – e mais nove municípios, encontra-se atualmente com mais de 1 milhão e 340 mil habitantes, além de ter as três cidades que mais crescem no Estado: Parnamirim, Natal e São Gonçalo do Amarante. “Por isso não se pode pensar em investimentos na área de segurança, saúde, saneamento e transporte público, por exemplo, sem incluir todos estes municípios” ressalta o coordenador.