Brasileiro descobre cérebro preservado em fóssil de peixe com 319 milhões de anos

Uma pesquisa liderada por um cientista brasileiro, o carioca Rodrigo Figueroa, da Universidade de Michigan (EUA), identificou em um crânio de peixe vertebrado fossilizado há 319 milhões de anos, o mais antigo cérebro preservado no grupo dos peixes ósseos. O fóssil retirado há 100 anos de uma mina de carvão na Inglaterra contém toda a sua estrutura intacta, as divisões, os nervos cranianos e o tecido meníngeo.

O estudo publicado na revista Nature nesta quarta-feira, 1º, pode reestruturar a ideia da evolução dos peixes raiados e dar uma nova perspectiva aos biólogos sobre a anatomia neural do grupo, que tem hoje alguns modelos utilizados em estudos genéticos evolutivos, como por exemplo, o peixe-zebra.

O crânio estudado pertence a um animal já extinto que tem o tamanho de um lambari. O Coccocephalus wildi é um peixe com nadadeiras raiadas que contém espinha dorsal e barbatanas sustentadas por hastes ósseas chamadas raios. O material se manteve preservado por causa de um mineral denso que substituiu os tecidos moles do cérebro durante a fossilização e resguardou detalhadamente sua estrutura tridimensional.

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