Boemia e resistência: Beco da Lama agora é patrimônio cultural do Estado

Lei reconhece oficialmente o espaço como patrimônio cultural material do Estado

O coração da boemia natalense agora tem o reconhecimento que há muito tempo já morava no imaginário popular. O Beco da Lama, reduto histórico e cultural do Centro de Natal, foi oficialmente declarado Patrimônio Cultural Material do Estado do Rio Grande do Norte. A Lei nº 12.469, sancionada pela governadora Fátima Bezerra (PT) e publicada nesta sexta-feira 17, celebra um dos espaços mais simbólicos da capital potiguar – onde arte, música e resistência convivem em plena harmonia.

A proposta foi apresentada pelo deputado estadual Adjuto Dias (MDB), que destacou o valor histórico e social do beco, localizado entre as ruas Ulisses Caldas e Vaz Gondim, na Cidade Alta. Em sua justificativa, o parlamentar afirmou que o local “possui um forte valor simbólico, especialmente relacionado à música, cultura popular, resistência e convivência entre diferentes classes sociais”.

E é verdade: o Beco da Lama foi palco de encontros de trabalhadores, artistas, intelectuais e boêmios. O espaço se consolidou como um território de liberdade cultural e resistência artística durante a ditadura militar. O nome, nascido do barro acumulado antes da urbanização, virou símbolo de pertencimento e de um modo de viver a cidade.

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