A bancada federal do Rio Grande do Norte está dividida na discussão sobre o reajuste do salário mínimo. Favorável à proposta do Governo Federal, que propõe o novo valor de R$ 545, estão apenas um deputado federal e um senador. Em concordância com o Executivo estão Henrique Eduardo Alves (PMDB) e o senador Garibaldi Alves (PMDB).
Outros dois deputados da bancada acenam que poderão votar com o Governo, mas fazem ponderações. O deputado federal Fábio Faria (PMN) diz que votará pelo mínimo proposto de R$ 545, desde que seja consenso. A deputada Fátima Bezerra (PT) condiciona o voto ao próprio entendimento da bancada do PT. Os demais parlamentares da bancada federal têm propostas diferentes para o novo salário mínimo. Líder do PMDB na Câmara dos Deputados, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, afirmou que o mínimo de R$ 545 representa a continuidade da metodologia que “está dando certo”. “Acontece um ganho real do salário mínimo.
Essa é uma metodologia que está dando certo, vamos manter”, comentou. O deputado federal Fábio Faria acredita no consenso entre os líderes partidários. “Se for acordado na reunião de líderes votarei pelo consenso. É importante a gente buscar o consenso. Acredito que não teremos briga no plenário”, comentou. Já Fátima Bezerra não confirma a defesa pelo mínimo de R$ 545.
“Votarei de acordo com a orientação do meu partido”, comentou, sem definir o valor que considera adequado. As críticas mais contundentes surgem dos parlamentares do PSDB e do DEM. O deputado federal Rogério Marinho defende salário mínimo de R$ 600. “Não dá para falar sobre salário mínimo sem olhar a conjuntura econômica, a inflação perdeu o controle, subiram as taxas de juros e o Brasil não cumpriu as metas de superávit”, analisou o parlamentar do PSDB.
Ele observou que a população está pagando um preço alto pelo gasto feito pelo Governo Federal. “A população paga essa conta. Aumentar o salário mínimo é a maneira mais prática de promover a distribuição de renda”, disse Rogério Marinho.