Assembleia retoma trabalho e será palco de novos duelos

Com a volta dos trabalhos legislativos, nesta segunda-feira (1º), o clima deve voltar a esquentar entre deputados estaduais. Na Assembleia Legislativa, a votação do projeto do leilão das dívidas do governo promete se transformar no novo cabo-de-guerra entre as bancadas governista e oposicionista. Depois da trégua no início do mandato, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), às voltas com as greves simultâneas de várias categorias de servidores públicos, virou alvo de críticas mais enfáticas e viu a expectativa sobre sua administração se converter em insatisfação popular.
A democrata adotou o discurso da “herança maldita”, deixada pela gestão do PSB, para justificar a falta de iniciativas do governo e, diante das crescentes cobranças, repetia que recebeu R$ 812 milhões em dívidas do governo anterior. Para conseguir pagar seus credores e recuperar a capacidade de investimentos do Estado, a governadora enviou o projeto do leilão das dívidas, com o objetivo de negociar os débitos através de um mecanismo chamado de “novação”. O governo sustenta que essa é a única maneira viável de conseguir honrar o compromisso com seus fornecedores e prestadores de serviços. Através do leilão eletrônico, o governo fará uma oferta pública de lotes de créditos. Vence a concorrência e recebe primeiro o credor que oferecer o maior desconto e as melhores condições de pagamento.
O deputado estadual Fernando Mineiro (PT), líder informal da oposição, é contra o leilão das dívidas, porque considera o mecanismo ruim para os credores, que, em sua maioria, são pequenas e médias empresas. Já para o líder do governo, o deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM), o projeto é bom porque vai assegura que os credores vão receber mais rapidamente pelo serviço prestado ao Estado.

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