A Câmara Municipal de Caicó realizou sessão especial, nesta quinta-feira (24), para julgar o processo de afastamento do presidente daquela Casa, Valdemar Araújo (PR). A comissão processante, formada pelos Miltão Batista (presidente), Almir Filho (relator) e Cláudio Sandêgi (membro), apresentou o relatório final da apuração de denúncias administrativas contra Valdemar.
Em seguida, o advogado de defesa do presidente afastado, João Braz de Araújo, apresentou a defesa oral do seu cliente, que não compareceu à sessão “para não causar constrangimento aos colegas”. Foram julgados os seguintes aspectos: omissão na nomeação de chefes de gabinetes e funcionários tidos como essências para a assessoria do Legislativo, nomeação de cargos comissionados sem as assinaturas necessárias da Mesa Diretora, recolhimentos das chaves dos gabinetes e dos chips institucionais dos parlamentares, segundo o relatório por pessoas não pertencente ao quadro funcional da instituição, e a ausência de Valdemar, na condição de presidente, para prestar expediente na Câmara. Dos vereadores presentes, o único voto favorável à permanência de Valdemar foi de Cláudio Sandêgi, que era justamente membro da comissão processante, alegando não haver provas necessárias para a condenação.
“Analisamos a documentação juntada ao processo. Então, o nosso posicionamento foi meramente processual. Nós temos o entendimento, de acordo com os autos do processo, de que houve um julgamento político. O nosso posicionamento é de que o vereador Valdemar volte a assumir a presidência dessa Casa”, disse Sandêgi.
O vereador Lobão Filho (PMDB) continua respondendo interinamente no cargo de presidente, até seja convocada nova eleição. “Se depender de mim, a eleição será na próxima segunda-feira (28), no horário regimental”, disse o presidente interino.