Estudos nacionais e internacionais demonstram que a ocorrência de dor é a principal razão para 75 a 80% das pessoas procurarem os serviços de saúde e a dor crônica atinge entre 30 e 40% da população brasileira, representando a principal causa de absenteísmo. Neste sentido, o artigo “Dor dentária como motivo de absenteísmo em uma população de trabalhadores” analisou a prevalência da dor dentária e sua relação com o absenteísmo e as possíveis características sociodemográficas desses indivíduos. O estudo faz parte da edição de maio deste ano da Ciência & Saúde Coletiva e tem como autores Maria Helena Miotto, da Universidade Federal do Espírito Santos, Jean Carlos Silotti, da prefeitura municipal de Venda Nova do Imigrante (ES), e Ludmilla Barcellos, da Universidade de Vila Velha (ES).
De acordo com os autores, os problemas odontológicos podem prejudicar as atividades diárias das pessoas. Entre essas atividades, estão: “diminuição das horas de sono, não realização de algumas atividades de lazer, restrições alimentares, desordens psicológicas relacionadas com a diminuição da autoestima e perda de dias e de aprendizagem na escola e/ou no trabalho”. Desta forma, a dor dentária é capaz de produzir impacto na qualidade de vida e um estudo realizado encontrou prevalência diária entre adolescentes e suas famílias de 15,2%, informam no artigo.
