O pretexto usado por Israel e Estados Unidos (EUA) para atacar o Irã – de que o país persa teria urânio enriquecido para fazer uma bomba atômica – foi construído por meio de Inteligência Artificial (IA). “É a primeira guerra que podemos dizer que foi iniciada pela IA”, alertou o major-general português Agostinho Costa, especialista em assuntos de segurança e geopolítica e ex-vice-presidente da Associação EuroDefese-Portugal.
“Essa IA vem dizer que estão reunidas as condições para que o Irã possa construir uma arma nuclear. O relatório da AIEA de 31 de maio [de 2025] está nesta linha, não está reportando evidências, mas deduções e tendências que foram tomadas como factuais pelo Conselho de Governadores [da AIEA] e serviu de pretexto para o ataque de Israel”, concluiu Costa, em entrevista exclusiva à Agência Brasil.
O programa Mosaic, contratado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) das Nações Unidas, recolhe uma base massiva de dados e faz previsões futuras. Ele é usado em muitas áreas da segurança, incluindo por polícias em todo o mundo, tendo sido desenvolvido para a guerra de contraterrorismo no Afeganistão, em 2001.
Segundo o general, o Conselho da agência atômica é controlado principalmente pelos países ocidentais, especialmente Alemanha, França e o Reino Unido, além dos EUA, que subscreveram o relatório baseado em IA.
“Isso, obviamente, é um abuso do uso de um programa de inteligência artificial”, disse o general Costa fazer um alerta: “Esses são os riscos do novo mundo, os riscos da IA.” O uso de IA nos relatórios sobre o Irã foi registrado, entre outros, pelo pesquisador Douglas C. Youvan, no artigo The Jerusalem Protocol: Palantir, IAEA, Mosaic, CIA, Mossad e pelo diplomata britânico referência em assuntos sobre Oriente Médio, Alastair Crooke.
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