Há pouco mais de um ano, pesquisadores brasileiros e americanos unidos em um consórcio científico comemoravam os primeiros resultados de uma inédita interface neural – um dispositivo capaz de conectar o cérebro humano a um aparelho externo – que poderia ser a esperança daqueles sem os movimentos de braços e pernas.
A alegria dos cientistas foi abreviada ainda em 2016, quando cortes de verba generalizados atingiram a produção científica nacional. No caso do consórcio, primeiro, os testes foram paralisados. Depois, o time foi desmantelado.
De 2014 para 2016, o orçamento de Ciência e Tecnologia caiu 62% no Brasil, de R$ 8,4 bilhões para R$ 3,2 bilhões. Sem dinheiro no país, parte dos cientistas foi para o exterior – e os testes tiveram que esperar.