“Uma campanha de amor ao próximo”
Devo aplaudir a iniciativa da
Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, da qual faço parte, por essa
iniciativa.
A campanha que incentiva a doação
de órgãos é de enorme valia social. Ela vai ao encontro dos mais valiosos
princípios do ser humano, como a caridade, a compaixão, a renúncia a própria
dor, para fazer alguém e muitos felizes.
Em 2016 foram realizados 221
transplantes no RN, sendo 104 transplantes de córnea, 67 de rim e 50
transplantes de medula óssea. É um número que vem crescendo e pode ser ampliado
mais ainda.
A proposta da Assembleia
Legislativa ela é muito interessante, porque visa principalmente fazer um
trabalho de esclarecimento e de conscientização da importância da iniciativa.
A gente sabe que a própria
discussão sobre a morte física, o fim da matéria, é um tema muito delicado,
muitas vezes abstraído de conversas simples entre amigos, na família. Mas
precisamos enfrentar esse tabu, conversarmos de forma adulta, equilibrada e de modo
proativo, para que a vida possa continuar num gesto de amor que é a doação de
órgãos.
É importante assinalarmos que o
Brasil se coloca como um dos países em que mais existe a doação de órgãos.
Mesmo assim, é fato que podemos ampliar esse resultado.
Ao mesmo tempo, quero destacar
que no caso específico do Rio Grande do Norte, A Central de Transplantes do Rio
Grande do Norte, através da Organização de Procura de Órgãos (OPO), faz um
notável trabalho.
Já tomamos conhecimento de
verdadeiras operações de guerra para a coleta de órgãos, translado e cirurgias
para implantes desses materiais em pacientes que estão em fila de espera. Esse
trabalho é também um gesto de amor, de desprendimento, de vocação para servir
ao próximo.
O que a Assembleia Legislativa
faz reforça essa atividade constante, mas não pode ser uma ação-estanque.
Precisamos avançar, fortalecendo
não apenas o trabalho de divulgação-conscientização, mas dando capilaridade a
todos os estágios dessa missão honrosa dos que atuam na área. Ao mesmo tempo
que devemos ver a questão do conforto e acompanhamento às famílias que perdem
seus entes queridos, sem que tenham perdido a fé na própria vida.
Tenho formação familiar cristã.
Acredito que nossa vida não se encerra aqui. E a doação de órgãos é uma prova
de que a vida pode e deve continuar.
Souza Neto (PHS)
Deputado Estadual