Depois de receber uma série de justificativas, apresentadas pelo 1º Batalhão de Engenharia de Construção (1º BEC) do Exército, sediado em Caicó, que responde pela adequação e ampliação da capacidade da rodovia, o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que “não apresentaram argumentos suficientes capazes de esclarecer, descaracterizar ou sanear, totalmente, o indício de irregularidade”. Entre as questões que esperam resposta está a compra em excesso de materiais como pedra e areia.
Os auditores apontam que o Exército adquiriu 200,1 mil metros cúbicos de brita e rachão (produto proveniente da reciclagem de concretos e blocos de concretos) a mais do que estava previsto para a obra, quase 90% acima da previsão inicial, elevando o custo em R$ 7,2 milhões. Na aquisição de areia, o quantitativo não justificado chega a 33,5 mil metros cúbicos, com preço adicional de R$ 463 mil. Outras irregularidades compõem a análise do TCU.
O Exército alegou que as diferenças de preço são resultado de um conjunto de fatores, como a execução de serviços não medidos, fornecimento de concreto para outras atividades e desperdício de materiais. O tribunal quer a relação detalhada de pagamentos dos insumos ou serviços ligados ao fornecimento de itens como óleo diesel, areia, cimento, brita/rachão e manutenção e locação de equipamentos.