Gestores potiguares estão dormindo em cima de uma verdadeira mina de ‘ouro’ sem saber. Segundo o geólogo Otacílio Carvalho, Professor de Prospecção Mineral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), existem atualmente 2.449 requerimentos de pesquisa em áreas para garimpo no Rio Grande do Norte, feitos junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Segundo ele, 156 dos 167 municípios potiguares possuem requerimentos para pesquisa ou lavra de algum recurso mineral, o que abre perspectivas de a mineração se transformar num dos carros chefes da economia potiguar. Só em 2010, o número de requerimentos de pesquisa e lavra para garimpos no RN bateu o recorde da década. Foram 772 pedidos contra 308 em 2009. Para auxiliar os gestores e mostrar em que terreno estão pisando, a turma de Prospecção Mineral do IFRN analisou os requerimentos feitos ao DNPM e elaborou um ranking com os 20 municípios com maior potencial mineral no estado.
Mossoró lidera o ranking, segundo o estudo, que também indica o número de pedidos feitos e os recursos a serem explorados. No caso de Mossoró, são 192 requerimentos para exploração de calcário, argila, água mineral, fosfato, petróleo e gás natural. O estudo não revela o perfil do requerente, que vai desde o produtor rural que descobriu uma jazida na sua fazenda até uma grande empresa nacional que deseja explorar calcário e produzir cimento.
O levantamento será encaminhado, em breve, para os gestores dos 20 municípios. Os municípios mais produtivos, responsáveis por 88% do valor gerado no semiárido potiguar em 2007, foram Jucurutu, Mossoró, Currais Novos, Macaíba, Bodó e Parelhas. Seis recursos minerais – ferro, calcário, rochas ornamentais, rochas britadas, schelita e água mineral concentraram, na época da coleta de dados, 86% do valor gerado no RN.