Postos de combustíveis mostram alta de 13% nas distribuidoras

Para o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do RN (Sindipostos), não há dúvida. As distribuidoras são o pivô do aumento do preço da gasolina comum. Em coletiva a imprensa, o sindicato afirmou que entre dezembro de 2010 e abril de 2011, três grandes distribuidoras (BR, Shell, Ipiranga) repassaram gasolina até 13% mais cara aos postos potiguares, representando um acréscimo de até R$0,28 no preço final da gasolina. Numa delas, o preço da gasolina repassado ao posto passou de R$2,206, em 26 de janeiro, para R$2,508, em 8 de abril.
“A sociedade está reclamando no lugar errado. São as distribuidoras que ditam o preço”, afirmou Eduardo Serrano, assessor jurídico do Sindipostos. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), elaborados com base num levantamento realizado entre 04 e 11 de abril de 2011, as distribuidoras repassam a terceira gasolina mais cara do Nordeste para o RN, levando em consideração o preço médio (R$2,391).
Em contrapartida, os postos potiguares vendem a gasolina mais cara da Região e ainda assim obtém o maior lucro bruto do Nordeste, também levando em consideração o preço médio. O sindicato se colocou como ‘mero repassador de preços’. Voltou a dizer que não tem qualquer influência no valor cobrado ao consumidor e que o mercado é livre. “Cada um define seu preço”, afirmou Júnior Rocha, presidente do Sindipostos.
Hermando Amorin, diretor do sindicato, afirma que se os postos fossem repassar o valor real da gasolina, o preço em Natal ficaria entre R$3,03 e R$3,07. “Estamos reduzindo a margem de contribuição em até 5%. Alguns donos de postos estão tendo prejuízos”, afirmou. Quanto ao lucro bruto, o maior da Região Nordeste, Eduardo Serrano, assessor jurídico do sindicato, afirmou que do valor obtido com a  venda de combustível, o dono do posto paga todas as despesas, incluindo salários, seguro e segurança privada. Apesar da aparente nivelação de preços no RN, Hermando Amorin, um dos diretores do Sindipostos, afirma que não há combinação entre donos de postos. Questionado sobre a equiparação de preços em Natal, explicou que as despesas são parecidas.

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