Dentro do desafio de atender a uma demanda crescente da população que necessita de atenção oncológica, a Liga Norte Riograndense Contra o Câncer lançou seu mais recente relatório anual, contemplando o ano de 2011. No ano, mais de 37 mil novos pacientes foram registrados e mais de 720 procedimentos foram executados nas quatro unidades da instituição. O relatório aponta ainda as dificuldades financeiras enfrentadas pela Liga para manter um serviço de qualidade, com tabelas de remuneração defasadas e inadimplência crescente dos convênios, criando uma situação de “insegurança e incerteza”, como é relatado.
O relatório, que presta contas à sociedade do trabalho realizado pela instituição em todas as suas unidades, aponta um endividamento de R$ 20 milhões, considerado preocupante pela Liga. O aumento anual de novos casos de câncer também é justificado pelo maior envelhecimento da população. O superintendente do ano de 2011, Roberto Sales, diz que as dificuldades financeiras são uma realidade das organizações filantrópicas, “ainda mais quando de propõe a conjugar uma filantropia com excelência”.
As quatro unidades que compõem a Liga são o Hospital Dr. Luiz Antônio (HLA), o Centro Avançado de Oncologia, a Policlínica e o Hospital de Oncologia do Seridó. O HLA é a unidade mais antiga da instituição, voltada prioritariamente ao atendimento de pacientes do SUS, e a falta de espaço físico para atender à demanda é sua principal dificuldade. Em 2011, o hospital realizou 4.527 cirurgias, mais de 22 mil consultas ambulatoriais, mais de 68 mil exames e 21 mil atendimentos.
Investimentos
Com a abertura do Hospital de Oncologia do Seridó (HOS), em Caicó, houve uma ampliação no atendimento da Liga no interior do estado. Foram investidos cerca de R$ 3 milhões na reforma e adaptação da estrutura da unidade, que agora atende não só pacientes do SUS, mas também os que são ligados a convênios privados e clientes particulares.
Segundo o relatório da Liga, a meta é transformar o HOS em um centro de referência oncológica para todo o Seridó, inclusive para alguns municípios da Paraíba, oferecendo atendimento ambulatorial em oncologia clínica, clínica de cabeça e pescoço, mastologia e urologia. Em 2011, o hospital realizou mais de mil ciclos de quimioterapia, 2.200 mil consultas ambulatoriais e 90 pequenas cirurgias.
