Defender o direito de consumidor exercendo-o. Foi desta forma que centenas de pessoas mostraram sua indignação com o aumento do preço dos combustíveis e reivindicaram a redução dos custos, na tarde de ontem. Filas de carros bloquearam o acesso pela avenida Prudente de Moares, ao posto localizado no cruzamento com a Miguel Castro. O protesto colocou em marcha lenta o funcionamento do posto, em horário de maior procura por abastecimento – entre às 18h30 e 20h – provocando prejuízo. O movimento pacífico e consciente, teve origem na comunidade “Boicote Já”, de uma rede de relacionamentos Orkut, e reuniu não só estudantes universitários, como profissionais liberais de diversas áreas e servidores públicos. O posto foi escolhido devido ao número de veículos e pessoas que transitam pela via.
Alinhados a uma das filas de bombas de combustíveis, os consumidores exerciam seus direitos ao exigir notas fiscais e testes de qualidade da gasolina, independente da quantia paga. Os valores dos abastecimentos variavam entre R$ 0,10 e R$ 1,00, inclusive com números quebrados para dificultar o troco. “A ideia é que os donos de postos também tenham prejuízo. Estamos abastecendo em ‘conta-gotas’ para atrasar o atendimento, e exigindo tudo que nos é de direito”, disse um dos idealizadores do ato, Anderson Júnior.
Em Caicó o movimento começa a ganhar força
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil/Secção do Seridó, Francisco das Chagas Medeiros, confirmou nesta quinta-feira, 7 de abril, que vai lançar em Caicó, a campanha “combustível mais barato”, a exemplo do que aconteceu em Natal. Dr Chiquinho Medeiros vai agendar o lançamento da campanha. Ele confirma que pretende em parceria com o Ministério Público de Defesa do Consumidor e o Procon, discutir a questão.
“Nós pretendemos aqui em Caicó, manter o contato com o Ministério Público e o Procon para que esta campanha seja igualmente lançada em nossa cidade. O objetivo é social. Queremos levar à população, o debate, para que ela procure boicotar aqueles postos que esteja praticando preços flagrantemente abusivos”, disse.
O advogado, ainda disse que diante da iminência de instalação de cartéis sendo praticados no Rio Grande do Norte, o Ministério Público deve agir.