Professores rejeitam reajuste salarial, mas voltam às aulas na quarta-feira

Os Professores da rede municipal de ensino de Caicó decidiram em assembleia realizada hoje à tarde (04), que não querem o reajuste de apenas 4% nos seus salários, conforme prometidos pelo prefeito Bibi Costa. Durante a assembleia os Professores concluíram que a proposta de 4% é um insulto a categoria, e que não traz nenhum ganho real aos salários.
“Somos educadores, temos dignidade, não admitimos sermos humilhados publicamente por quem não tem responsabilidade com a escola pública, com a qualidade do ensino e seus profissionais e vem nos apresentar propostas indecentes como esta, não aceitamos os 4% mas não abriremos mão de nossos direitos, suspenderemos a greve em atenção aos estudantes, mas a luta continua, quando for preciso a greve volta novamente”, disse Antônio Neves, presidente do Sindicato dos Servidores Municipais.
Por unanimidade os Professores decidiram que vão retornar as aulas no próximo dia 06 de abril, quarta-feira, depois que o pagamento do mês de março, que foi suspenso pelo prefeito for pago a categoria, que segundo informações da secretária da educação, professora Ana Maria, sairá na quarta-feira.
Os Professores consideraram que devem suspender a greve e retornar as salas de aulas em atenção aos alunos, mas mantendo o movimento organizado até que os estudos que serão feitos pela comissão criada entre sindicato, conselho do FUNDEB e governo, consiga apresentar uma proposta concreta que atenda as reivindicações da categoria, respeitando a lei do piso salarial e os direitos dos Professores.
A partir da segunda quinzena de abril o sindicato vai realizar reniões nas escolas municipais para discutir a situação da escola pública com Professores, funcionários, pais, governo e sociedade civil organizada. A responsabilidade com a educação é de todos.
Se o prefeito Bibi Costa nos próximos 90 dias, não acatar as proposições dos resultados dos estudos que serão encaminhados pela comissão, sobre a viabilidade de uma nova política salarial para os Professores, a greve pode voltar.

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