Não houve nenhum avanço. 90% dos professores e servidores em educação do Rio Grande do Norte continuam em greve desde 2 de maio e não há previsão de retorno às aulas. Hoje, às 16h, o Governo do Estado sentará novamente na mesa de negociações com o Sindicato dos Profissionais em Educação Pública (Sinte), que representa a categoria.
O sindicato quer que o governo se comprometa a fazer o pagamento atrasado referente à primeira parcela do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos da categoria (PCCV), reconheça a tabela salarial e apresente uma proposta salarial que equipare o salário dos professores ao de outras 14 categorias estaduais. “Não queremos tratamento diferenciado. Queremos o mesmo tratamento”, frisou Fátima Cardoso, coordenadora do Sinte.
Segundo ela, um novo diálogo com o Sinte, proposto pela Secretaria Estadual de Educação em nota enviada à imprensa, é unilateral. “Pelo que afirma a secretária Betânia Ramalho, o governo pede mais tempo, e fala que a greve prejudica os alunos. Mas não se vê a situaçõesde colégios como o Floca (Escola Estadual Floriano Cavalcante) , cujas aulas voltaram, mas a escola está em obras; ou de municípios como Lajes, que não paralisou porque só existem professores contratados”, argumentou a sindicalista.
Fátima salientou que o Sinte sugeriu, desde o ano passado, a realização de um concurso público para professor do Estado, alegando um déficit de quatro mil vagas.