Plano de Cargos e Salários da Educação pode ser revisto

A secretaria estadual de Educação Betânia Ramalho terá um encontro hoje, em Brasília, com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Serão discutidas formas de se garantir mais recursos para a educação e o cumprimento do que foi aprovado no Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores estaduais em educação. O prazo de 120 dias proposto pelo Governo para uma ampla discussão com os professores sobre a aplicação do Plano não foi aceito pela direção do Sinte.
A categoria entrou em greve na última segunda-feira. De acordo com Betânia Ramalho, é este o principal impasse na discussão do tema atualmente. “Nós queremos discutir todos os pontos (do Plano) com os professores e, se for necessário, até mudar alguns. Mas para isto, é preciso que eles estejam em sala de aula”, afirmou a secretária. Ela descreve como “radical” o movimento grevista liderado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte RN).  A categoria devolve a crítica na mesma moeda é acusa a atitude do governo – em relação aos atrasos nos pagamentos das primeiras parcelas do Plano de Cargos, Carreiras e Salários – como “omissão”. 
O Governo alega que, sem um estudo do impacto financeiro, não será possível honrar as promessas da gestão anterior.  Enquanto isso, a greve cresce e cada vez mais escolas aderem ao movimento em todo o Rio Grande do Norte. O Plano foi aprovado em 2005, mas até hoje ainda não foi totalmente implantado. Segundo a secretária estadual de Educação, a aprovação ocorreu, porém, sem um estudo do impacto financeiro que as promoções salariais poderiam trazer à máquina estadual. A mesma situação ocorre em nível nacional.
O Governo Lula aprovou o salário mínimo dos professores em R$ 890 mas não fez um levantamento de quantos milhões seriam necessários para honrar o pagamento dos vencimentos. Como consequência, os movimentos grevistas se espalharam. No Nordeste, além do Rio Grande do Norte, os professores da Paraíba e Alagoas cruzaram os braços.  “Existia uma pré-disposição e a categoria esperou propostas positivas do Estado. Nas audiências eram sempre respostas evasivas”, afirmou a diretora jurídica do Sinte, Vera Messias.

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