Para os especialistas em mercado de trabalho é preciso que o País avance em um programa consistente de vacinação contra a covid-19 no ano que vem, se quiser reduzir os efeitos negativos da pandemia nos empregos e na renda. O ano, marcado por recordes de desemprego, se encerra com a perspectiva de novos picos de desocupação no começo de 2021, quando um contingente de desempregados que era beneficiado pelo auxílio emergencial deve voltar a buscar uma nova ocupação, após o fim do benefício.
Enquanto autoridades brigam pela condução da corrida pela vacinação contra o novo coronavírus e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levanta dúvidas sobre a eficácia e segurança das vacinas, o País aguarda uma resolução sobre o início do programa de imunização, o que pode definir se a economia brasileira terá o mesmo ritmo de recuperação de países em que a vacinação já começou.
A taxa de desemprego era de 14,2% em novembro, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid, iniciada em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com mais de 14 milhões de desempregados. No mesmo mês, o País criou 414,6 mil vagas formais, um recorde, mas que não repõe as perdas do ano, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.