Governo diz ser impossível implantar planos de cargos

Neilton Pedro Fontes trabalha há 31 anos como técnico de informática para a Emater. Em março de 2010 recebeu uma ótima notícia, com a aprovação do Plano de Cargos e Salários. O mesmo já havia ocorrido em 1986 e 1990, quando outros planos tinham sido elaborados e não saíram do papel. Desta vez o desfecho parecia diferente. A primeira parcela, equivalente a 30% do total, foi paga em setembro do ano passado.
No entanto, o mês de março chegou e com ele o adiamento da segunda parcela, para maio. Agora, a expectativa de Neilton e outros 19 mil servidores estaduais, pertencentes a 14 categorias, que ganharam novos planos de cargos, é de implantação dos 30% no próximo contracheque e os demais 40% em junho. Porém a expectativa pode não passar disso, simples expectativa.
Isso porque o secretário chefe do Gabinete Civil do governo do estado, Paulo de Tarso Fernandes, tem duas notícias para os servidores. A primeira, boa, é de que o governo pretende concluir a implantação dos 14 planos. A segunda, ruim, é que não há prazo para isso. Ele considera impossível atender os percentuais previstos para maio e junho e aguarda o resultado das contas do governo relativas ao primeiro quadrimestre, previstas para estarem prontas após o dia 15. Só então definirá a nova proposta a ser feita às categorias.
“Vamos avaliar financeiramente o que é possível começar a fazer”, afirmou Paulo de Tarso, que prefere não detalhar qual percentual poderá ser adotado em maio e junho. A tendência é de apresentar ao funcionalismo uma proposta de escalonamento com novos percentuais e ampliação dos prazos, mas possivelmente já iniciando este mês. De qualquer forma, o secretário considera, pelo menos, que é “possível” concluir os pagamentos até o final do ano.

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