O atual Governo do Estado chega hoje ao final do mandato sem regularizar os repasses aos produtores do Programa do Leite. Os fornecedores contabilizam que a dívida da administração estadual seja de R$ 12 milhões, referentes a cinco quinzenas em atraso e dizem temer uma falência generalizada do setor no estado.
Ao mesmo tempo, o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), órgão responsável pela compra do produto, contabiliza o atraso de três quinzenas, significando um débito de R$ 7,5 milhões. A falta de pagamento preocupa os fornecedores, que temem um colapso no setor leiteiro potiguar, a partir do início de 2011.
“Se o governo que irá assumir o Rio Grande do Norte não quitar esses débitos logo, grande parte dos produtores não terá como se manter, muita gente irá quebrar e teremos um problema sério”, prevê o presidente do Sindicato dos Produtores de Leite, Carnes e Derivados do RN (Sinproleite), Lirani Dantas.
De acordo com Dantas, para permanecer na atividade, os produtores estão buscando alternativas, como fornecer menos volume do produto ao Governo do Estado e comercializar junto a queijeiras.
“No interior, está havendo uma irregularidade no fornecimento e a população começa a sentir isso também. Já vi muita gente reclamando, porque esse leite faz parte da dieta de grande parte da população mais carente”, ressalta.