Quase vinte e oito por cento dos R$ 274 milhões em emendas parlamentares que seriam destinadas ao Rio Grande do Norte, por meio do Orçamento Geral da União (OGU) de 2011, serão cancelados pelo governo federal. A medida faz parte do anúncio de corte de R$ 50 bilhões do OGU feito pelo presidenta da República Dilma Rousseff (PT), semana passada.
Os deputados e senadores potiguares conseguiram inserir no orçamento para este ano R$ 13 milhões cada um, através das emendas individuais. No caso da proposta coletiva, o montante foi de R$ 170 milhões. Com o corte a redução na conta do RN ficará em R$ 12,05 milhões, no caso das emendas individuais, e de R$ 64 milhões, nas coletivas. Será, portanto, uma perda de R$ 76,05 milhões em relação ao que estava previsto inicialmente no orçamento.
Em todo o país, os cortes nas emendas dos parlamentares serão de R$ 18 bilhões. No caso das emendas para o Rio Grande do Norte, os maiores alvos de enxugamento foram os recursos oriundos do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Não haverá exclusão do montante a ser destinado às Universidades, por exemplo, principal demanda da bancada potiguar. As proposições dos deputados Rogério Marinho (PSDB) – com um corte de R$ 6,5 milhões, e Sandra Rosado (PSB) – R$ 2,9 milhões, além da ex-senadora e governadora Rosalba Ciarlini (DEM) – R$ 2,05 milhões, foram as mais atingidas.
Também houve corte nas emendas do ex-senador e ministro Garibaldi Alves (PMDB) – R$ 450 mil; e dos deputados Fátima Bezerra (PT) – R$ 300 mil, Felipe Maia (DEM) – 100 mil, e Fábio Faria (PMN) – R$ 200 mil. O senador José Agripino e os deputados Henrique Alves (PMDB) e João Maia (PR) mantiveram as emendas intactas.