Chuvas e novo tipo viral podem elevar casos de dengue no RN

A possibilidade de um ano com volume de chuvas maior do que 2010 ligou o sinal de alerta do Ministério da Saúde. No início da semana, foi divulgado um relatório apontando que 16 estados brasileiros apresentam um risco muito alto de enfrentar uma epidemia em 2011, com o agravante dos casos do sorotipo 4 contabilizados na região Norte do país e que há 28 anos não eram registrados no Brasil.
Como forma preventiva, o Ministério repassou aos estados uma atualização dos planos de emergência contendo estratégias que deverão ser adotadas caso seja alto o número de pessoas vitimadas pela epidemia.
Apesar da orientação, Tocantins e Rio Grande do Norte, segundo dados do próprio MS, não apresentaram ao Governo Federal um plano de contingência. A situação é ainda mais preocupante pelo histórico da dengue no Brasil. De acordo com a coordenadora estadual do Programa de Combate a Dengue no Rio Grande do Norte, Kristiane Fialho, alguns estudos apontam uma nova epidemia em média a cada dois anos.
O último grande surto epidemia da doença no estado foi em 2008, com 43 mil casos notificados, contra 3.532 casos em 2009, uma redução de 94%. Fialho esclareceu que a redução dos registros, ajudados por fatores preventivos e controle vetorial, obedece ao ciclo da doença desencadeada a cada dois anos. No últimos 30 anos, a doença oscilou entre períodos de baixa e alta virulência, mas também deve ser levado em conta o sorotipo circulante vigente, ou seja, dengue do tipo 1, 2, 3 ou 4.
A coordenadora ressaltou que era esperado para 2010 um surto da doença, mas fatores como a baixa ocorrência de chuvas ajudaram no controle ao mosquito Aedes aegypti. Ela declarou ainda não poder precisar se em 2011 haverá em novo surto.

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