A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) define hoje qual será o reajuste da tarifa de energia elétrica do Rio Grande do Norte, que já entra em vigor a partir da próxima sexta-feira. A Companhia Energética do RN (Cosern) está pedindo reajuste médio de 11,6%, mas o percentual pode ser maior ou menor, dependendo da análise da Agência. A medida atingirá todos os consumidores da Cosern – número que chega a 1,131 milhão. Independentemente do percentual, o possível aumento no valor deverá afetar a indústria de forma geral, segundo a Federação das Indústrias do RN (Fiern).
A Indústria, segundo dados da Cosern, é a segunda maior consumidora de energia elétrica no estado. Em consumo, perde apenas para as residências. O reajuste da energia elétrica, na avaliação de João Lima, presidente do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem do RN, gera um efeito cascata, onerando o setor produtivo, diminuindo a competitividade e reduzindo o número de empregos. Preocupados com o impacto de um possível aumento, representantes da Federação das Indústrias do RN se reunirão nos próximos dias com os setores que se sentirem mais prejudicados. O objetivo é encontrar medidas que amenizem os impactos da nova tarifa.
“Quando ocorre um aumento como este, é preciso fazer uma avaliação em conjunto para definir as próximas etapas”, afirma Amaro Sales, presidente eleito da Federação. O reajuste definido pela Aneel, que leva em consideração a inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado, da Fundação Getúlio Vargas (IGP-M), dos últimos 12 meses, e também os gastos da distribuidora com compra e transporte de energia e o pagamento de encargos setoriais, foi de 8,33% para residências e 7,18% para as indústrias em 2010.