O tratamento de pessoas que
possuem fissura labiopalatal, conhecido como lábio leporino, foi tema de
audiência pública na tarde desta terça-feira (29), na Assembleia Legislativa.
Por iniciativa da deputada Larissa Rosado (PSDB), representantes de entidades
que tratam sobre assunto e autoridades da área de Saúde Pública discutiram
formas de se melhorar o atendimento às pessoas que têm o problema.
A fissura labiopalatal é
resultado de má-formação durante o desenvolvimento embriológico do bebê, que
implica o lábio, no palato (céu da boca) ou ambos. Caso nasça com o problema, a
pessoa pode ter uma fenda no lábio, que pode se estender até à base do nariz, e
também uma abertura no céu da boca, em que é possível observar o septo nasal,
bem como as conchas inferiores e pode atingir o palato duro e o palato mole.
Nesses casos, o canal nasal se comunica com o canal alimentar, o que pode gerar
diversas complicações de saúde, além da estética. Por isso, o tratamento requer
atuação não somente de um cirurgião plástico, mas também de profissionais de
outras áreas. A necessidade de dar atenção a esse público foi o motivo da
proposição da audiência pela deputada Larissa Rosado.
“Esse é um tema que precisa
de atenção do Poder Público. Só as pessoas que têm o problema e seus familiares
sabem sobre as dificuldades da situação. Um atendimento multidisciplinar é
fundamental e é preciso que a população tenha conhecimento sobre isso”,
explicou Larissa Rosado.
Durante o encontro, representantes
da Associação dos Pais e Amigos de Fissurados do Rio Grande do Norte
(Apafis/RN) expuseram a situação do atendimento no estado. Explicando um pouco
sobre o cotidiano das pessoas que têm o problema, que precisam de tratamento,
em alguns casos, dos 8 aos 18 anos, o presidente da Apafis, Francisco Edivan de
Oliveira Silva, explicou que é necessária a criação de um centro de excelência
para o atendimento aos fissurados e também uma maior divulgação para o
problema, fazendo com que as pessoas que têm filhos com esse problema informes
às autoridades de saúde e não escondam as crianças.