Governo confirma alta de IPI para carros a partir de 1º de janeiro

O governo confirmou nesta
terça-feira (24) o aumento gradual do Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI) para veículos a partir de 1º de janeiro de 2014. Para os carros populares
(1.0), a alíquota, que hoje está em 2%, passa a ser de 3%.
A alíquota de 3%, no caso
dos carros populares, vai valer até 30 de junho de 2014, quando o governo então
vai avaliar se haverá novo aumento, para 7% – alíquota que vigorava antes de o
governo determinar a redução do IPI para incentivar o consumo e evitar
demissões no país, no início de 2012.
Para os carros com motor
entre 1.0 e 2.0 flex (que roda tanto com etanol quanto com gasolina), a
alíquota de IPI, que hoje é de 7%, sobe para 9% em 1º de janeiro de 2014. E
pode retornar ao patamar de 11% em julho, dependendo da análise do governo. Já
para os veículos com mesmo motores mas movidos apenas a gasolina, a alíquota
sobe de 8% para 10% em 1º de janeiro e pode ir a 13% em julho.
Veículos utilitários terão
alta do IPI dos atuais 2% para 3% em 1º de janeiro – a partir de julho, ela o
imposto pode ir a 8%. Para os utilitários usados para transporte de carga, a
variação será a mesma agora. Em julho, porém, se houver alta ela será para 4%.

IPI
para caminhões não aumenta
Por outro lado, o governo
anunciou que não vai elevar o IPI para caminhões. A alíquota, que hoje já é de
0%, continuará assim por tempo indeterminado, de acordo com o
secretário-executivo interino do Ministério da Fazenda, Dyogo Henrique de
Oliveira. “Entendemos que caminhões são bens de capital.
Então, é um investimento e um elemento de logística, o que impacta em toda a
economia”, disse ele.
Segundo Oliveira, a
expectativa é que essa alta do IPI para veículos eleve a arrecadação do governo
em R$ 956 milhões entre janeiro e junho de 2014. Ele apontou que, ao final
desse período, o governo vai reavaliar se faz novo aumento gradual do imposto,
que passaria a valer em 1º de julho.

Se essa nova alta ocorrer em
julho, o IPI dos veículos voltaria ao patamar original (com exceção dos
utilitários para transporte de carga), anterior à decisão do governo do início
de 2012, que baixou o imposto. A medida foi uma das ações adotadas pela
presidente Dilma Rousseff para combater os efeitos da crise, aquecer a economia
interna e evitar demissões nas montadoras.

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