Médicos, cientistas e enfermeiros dizem que fala de Bolsonaro é “criminosa”

Ao menos 11 entidades médicas, científicas e de enfermagem reagiram negativamente hoje ao pronunciamento de ontem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defendeu ontem à noite retomar atividades escolares e comércios, apesar da pandemia do novo coronavírus e contrariando recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde.

Uma nota assinada por sete associações chama as falas do presidente de “incoerente e criminosa”, cita um artigo do Código Penal Brasileiro que Bolsonaro teria violado e classifia de “discurso da morte” os pedidos presidenciais.

Na nota, as entidades de “saúde coletiva e da bioética consideram intolerável e irresponsável o ‘discurso da morte’ feito pelo Presidente da República”. Essa nota é assinada por: Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco); Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (Cebes); Associação Brasileira de Economia da Saúde (ABrES); Associação Brasileira da Rede Unida; Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn); Associação Paulista de Medicina (APM); Sociedade Brasileira de Bioética (SBB).